Quais os planos da Petrobras para o fim da era do petróleo?

João Fellet – @joaofellet
Da BBC News Brasil em São Paulo

Hoje no centro de um acirrado debate político por causa de sua política de preços, a Petrobras enfrenta um desafio ainda maior no longo prazo: como sobreviver ao fim da era do petróleo e responder à necessidade global de que as emissões associadas a combustíveis fósseis caiam rapidamente?

Enquanto várias grandes petrolíferas têm investido em energias renováveis e algumas já começam a cortar gradualmente sua produção de petróleo, a Petrobras vem diminuindo seus investimentos em fontes menos poluentes e planeja ampliar em 45% sua produção de óleo até 2026.

Se a decisão de priorizar o petróleo tem se mostrado rentável num cenário em que a demanda global pelo combustível ainda é alta, especialistas afirmam à BBC que, no futuro, a estratégia pode custar caro não só à Petrobras mas também ao Brasil, que corre o risco de ver sua maior empresa definhar num planeta cada vez menos dependente de combustíveis fósseis.

Já a empresa diz que a transição global rumo a fontes renováveis não eliminará a demanda por petróleo, afirma que tem a missão de “transformar recursos brasileiros em riquezas” e que vem implantando ações para reduzir suas emissões (leia mais abaixo).

Fim da exploração de novos poços

Há um consenso entre cientistas de que, para frear o ritmo do aquecimento global, a humanidade precisa nos próximos anos reduzir drasticamente o uso de combustíveis fósseis, como petróleo e carvão.

Em 2021, a Agência Internacional de Energia (AIE) divulgou um estudo apontando que nenhuma nova reserva de petróleo e carvão poderia ser explorada a partir daquele ano para que o mundo evitasse os cenários mais catastróficos das mudanças climáticas, nos quais a temperatura global subiria mais do que 1,5°C.

Outro estudo, publicado na revista Nature em setembro de 2021, estimou que a produção global de petróleo e gás deveria cair 3% a cada ano até 2050 para limitar o aquecimento global a 1,5°C.

Parte dessa redução deve acontecer independentemente da vontade das petrolíferas, já que as energias renováveis têm ficado mais baratas e veículos elétricos tendem a ocupar uma parcela cada vez maior do setor automotivo.

Segundo a AIE, a demanda global de petróleo cairá dos atuais 90 milhões de barris por dia para 24 milhões de barris/dia em 2050.

Até lá, a tendência é que o petróleo seja cada vez menos empregado como fonte de energia, mas preserve alguns de seus usos como matéria-prima na indústria química – um peso muito inferior ao que teve nas últimas décadas como combustível essencial para a economia global.

Embora reconheça que o setor viverá um declínio, a Petrobrás pretende inaugurar novos poços e ampliar bastante sua produção de óleo nos próximos anos.

Perfuração oceânica de petróleo
Sonda de petróleo no pré-sal, região que responde por 70% do óleo extraído pela Petrobras hoje – GETTY IMAGES

‘Pressa no pré-sal’

Em seu último plano quinquenal, divulgado em 2021, a empresa anunciou que pretende inaugurar 15 novas plataformas de petróleo até 2026, quando espera aumentar sua produção dos atuais 2,2 milhões de barris por dia para 3,2 milhões – uma alta de 45%.

Hoje a Petrobras é a quarta maior produtora de petróleo do mundo, segundo o portal de estatísticas Statista. As três primeiras são a saudita Saudi Aramco (9,2 milhões de barris/dia), a russa Rosneft (4,1 milhões) e a chinesa PetroChina (2,5 milhões).

Boa parte do aumento da produção da Petrobras se dará em poços na região do pré-sal, que já responde por 70% do óleo extraído pela companhia e abriga a maior parte das reservas ainda não exploradas no Brasil.

Em artigo publicado no site da Petrobrás em março de 2022, o então presidente da empresa, general Joaquim Silva e Luna, disse que a companhia corre para explorar o pré-sal antes que o mundo se volte a fontes menos poluentes.

No texto, Silva e Luna afirma que o planeta de fato precisa reduzir o consumo de combustíveis fósseis e priorizar energias renováveis para frear o aquecimento global.

Nesse cenário, segundo o general, cabe à Petrobras “não permitir que esses recursos repousem no fundo do mar enquanto aguardamos a chegada de uma nova era”.

“A certeza da transição leva a Petrobras a ter pressa no pré-sal”, afirmou Silva e Luna, que deve deixar o cargo oficialmente nesta quarta-feira (13/04) após embates com o governo federal em torno da política de preços da empresa.

Ao pisar no acelerador enquanto o mundo se vê obrigado a reduzir emissões, a Petrobras pode se ver alvo de crescentes contestações por seu papel no aquecimento global.

Em 2019, a empresa foi citada pela organização americana Climate Accountability Institute em um estudo sobre as 20 empresas que mais emitiram gases causadores do efeito estufa no mundo a partir de 1965. A conta considera as emissões ao longo de toda a cadeia, incluindo a queima dos combustíveis.

A Petrobras ficou em vigésimo lugar no ranking e tende a subir posições caso cumpra os planos de elevar a produção.

Petrobras
De 1953, quando foi criada, a 1997, quando a Lei do Petróleo permitiu a entrada de empresas estrangeiras no setor, a Petrobras detinha o monopólio da extração e do refino no Brasil – UESLEI MARCELINO/ REUTERS

Emissões ‘operacionais’

Por ora, a resposta da empresa às mudanças climáticas se concentra em iniciativas para reduzir as emissões geradas na produção (mas não no consumo) de seu petróleo.

Em nota à BBC, a Petrobras diz que “planeja investir US$ 2,8 bilhões nos próximos cinco anos para redução e mitigação de emissões, incluindo a criação de um fundo de descarbonização de US$ 248 milhões para soluções de baixo carbono”.

Além disso, a empresa diz que os campos do pré-sal “estão entre os que produzem com menos emissão no mundo”.

“A emissão média de CO2 equivalente por barril produzido no mundo é 70% maior do que a emissão no pré-sal”, diz a empresa. “Como existirá demanda, se a Petrobras deixar de entregar seu barril com menor emissão, outro barril será entregue com maior emissão na operação, o que aumentaria a emissão global”, argumenta a companhia.

Uma das principais iniciativas climáticas da Petrobrás é a meta de cortar em 25% suas “emissões operacionais” até 2030, tendo como base o ano de 2015.

Porém, para Natalie Unterstell, diretora do Instituto Talanoa, focado em políticas públicas sobre o clima, a meta tem uma “pegadinha”.

Ela afirma que a Petrobras teve emissões excepcionalmente altas em 2015, e que, entre 2015 até 2021, as emissões da empresa já tinham caído 21% – dados confirmados pela própria companhia.

Com isso, a empresa teria até o fim da década para cortar suas emissões em mais quatro pontos percentuais – algo que Unterstell considera “bem pouco ambicioso”.

A analista afirma ainda que, até 2026, a Petrobras responderá pela instalação de quase a metade de todas as novas plataformas de petróleo no mundo.

“Eles estão indo para o tudo ou nada, apostando que vão tirar a última gota de petróleo que houver no poço”, diz a analista.

Já a Petrobras diz que adotou 2015 como referência porque naquele ano foi assinado o Acordo de Paris, pelo qual vários países se comprometeram a reduzir suas emissões. Ainda assim, a Petrobras diz que “de forma transparente apresenta números ano a ano, independente da data base do compromisso original”.

A empresa afirma ainda que “os cenários da companhia consideram a transição energética em curso, o que levará, em longo prazo, a uma retração dos mercados globais de petróleo”.

Mas a Petrobras diz que o petróleo seguirá relevante e que “as diferentes fontes de energia irão coexistir no futuro, renováveis e não renováveis, sendo importante acelerar o desenvolvimento dos recursos brasileiros, transformando-os em riquezas”.

Torres de energia eólica
Várias petrolíferas têm investido em energia eólica para diversificar suas operações – GETTY IMAGES

Neutralizar emissões

Apesar do foco no petróleo, a Petrobras diz adotar uma série de iniciativas para apoiar a “sustentabilidade do planeta”.

Em 2021, a empresa anunciou que pretende neutralizar suas emissões operacionais, o que será feito por meio da “redução da queima de gás em tocha, ganhos de eficiência energética e projetos de captura, uso e armazenamento geológico de CO2”.

Porém, diferentemente de outras petrolíferas, a empresa não definiu um prazo para alcançar a meta.

Outro ponto em que a estratégia da Petrobras destoa da de outras grandes concorrentes diz respeito a energias renováveis.

Nos últimos anos, a Petrobras vendeu suas participações em sociedades empresariais que administravam usinas eólicas, fábricas de biocombustíveis e hidrelétricas.

Em 2019, o então presidente da companhia, Roberto Castello Branco, disse que a Petrobras não investiria mais em renováveis “porque é um negócio que requer competências diferentes do negócio do petróleo e gás”.

No entanto, outras grandes petrolíferas têm ampliado os investimentos nessas fontes e anunciado metas climáticas que, ainda que consideradas insuficientes pelos analistas entrevistados, são vistas como mais ambiciosas e condizentes com as necessidades do planeta do que as da Petrobras.

“São empresas que estão buscando uma vida pós-petróleo, embora ainda não saibam direito como chegar lá. Mas existe o desejo”, diz o físico Roberto Kishinami, coordenador sênior do Instituto Clima e Sociedade.

A francesa Total, por exemplo, anunciou a meta de neutralizar as emissões operacionais até 2050 e ampliar em dez vezes sua produção de energia renovável até 2030, alcançando 100 gigawatts (GW) de capacidade com essas fontes.

A britânica BP pretende passar dos atuais 3,3GW de capacidade instalada de fontes renováveis para 50GW em 2050, e diz que reduzirá sua produção de combustíveis fósseis em 1 milhão de barris de óleo equivalente até 2030.

A anglo-holandesa Shell diz que cortará sua produção de petróleo entre 1% e 2% ao ano até 2030, quando também pretende neutralizar suas emissões.

Antes de sinalizar uma guinada na visão dessas empresas quanto às mudanças climáticas, as atitudes são interpretadas mais como concessões à pressão de consumidores, investidores e governos preocupados com o aquecimento global.

Em alguns países, ativistas têm recorrido até mesmo à Justiça para forçar as petrolíferas a melhorar suas metas.

A estratégia já teve sucesso na Holanda, onde, em 2021, uma corte determinou que a Shell cortasse suas emissões em 45% até 2030 tendo como base 2019.

Na ocasião, a petrolífera afirmou que a decisão judicial não representava uma mudança, mas sim uma “aceleração de nossa estratégia”.

Até mesmo na China, onde empresas costumam estar menos sujeitas a pressões da sociedade civil, as duas maiores estatais petrolíferas anunciaram prazos para atingir a neutralidade das emissões até 2050. E a saudita Saudi Aramco, maior petrolífera do mundo, se comprometeu a chegar à neutralidade até 2060.

Bateria Tesla na Austrália
Bateria de íon-lítio na Austrália; instalação permite armazenar energia de fontes renováveis. – REUTERS

Acionistas climáticos

Grupos de investidores também têm pressionado as grandes petrolíferas a fazer mais pela descarbonização do planeta.

Em 2021, acionistas favoráveis à agenda climática conseguiram eleger dois membros para o conselho de administração da Exxon, a maior empresa de petróleo dos EUA.

Também em 2021, o conselho de administração da Chevron, a segunda maior petrolífera americana, aprovou a proposta de um grupo de ativistas para que a empresa cortasse emissões.

Para Natalie Unterstell, diretora do Talanoa, é questão de tempo até que esses “acionistas ativistas” batam à porta da Petrobras.

“É um movimento que está crescendo muito no mundo e não vai tardar para chegar aqui”, avalia.

Orgulho e identidade nacional

Segundo Roberto Kishinami, do Instituto Clima e Sociedade, a história da Petrobras ajuda a explicar “várias limitações” que a empresa tem na agenda climática.

Ele afirma que a Petrobras foi por muito tempo (e ainda é, em menor grau) vista como “parte da identidade nacional” e como crucial para a soberania do país – fatores que ajudam a poupá-la de pressões sofridas por petrolíferas no exterior.

Mesmo após abrir seu capital na Bolsa de Nova York, em 2000, a companhia segue tendo a União como sua maior acionista e é vista por muitos brasileiros como uma empresa estatal, diz ele.

Kishinami afirma ainda que, embora tenha sido fundada nos anos 1953, a empresa só se tornou uma das maiores petrolíferas do mundo nos anos 1980, quando cientistas começavam a destacar o papel dos combustíveis fósseis nas mudanças do clima.

O físico diz que a “entrada tardia” da Petrobras nesse mercado acabou adiando um debate interno sobre como a empresa se prepararia para um futuro menos dependente do petróleo.

E com a descoberta de reservas gigantes no pré-sal, em 2006, a companhia dobrou a aposta no seu carro-chefe. Na época, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva dizia que o pré-sal seria um “passaporte para o futuro” do Brasil, pois permitiria ao país investir vultosos recursos na educação e no combate à pobreza.

Kishinami diz que, enquanto tirava cada vez mais petróleo do fundo do mar, a Petrobras “achava ingenuamente que a promoção de alguns programas de proteção ambiental, como o reflorestamento em manguezais, lhe daria créditos pela emissão de gases de efeito estufa”.

Mais recentemente, a empresa passou a apostar no discurso que sua produção de petróleo gera menos emissões do que a concorrência.

Para Kishinami, porém, “esse tipo de ferramenta é periférico”, já que o grosso das emissões não ocorre na produção, mas sim no consumo do combustível.

O físico afirma que, ainda que continue havendo demanda por petróleo nas próximas décadas, o mercado encolherá substancialmente – o que torna a estratégia da Petrobrás “muito arriscada”.

Ele diz ainda que a Petrobrás é “resultado de um investimento social muito grande, com técnicos e engenheiros formados em algumas das nossas melhores escolas, e com uma capacidade de trabalho e inovação que não podemos jogar fora”.

“Faz muita diferença para o Brasil se a Petrobrás vai à transição ou não. Ela tem um potencial humano muito grande que não pode ser perdido nem disperso”, afirma.

Programas paralisados

Para a engenheira Suzana Kahn Ribeiro, vice-diretora do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ), a Petrobras já desenvolveu estudos promissores sobre fontes renováveis em outras épocas.

Uma das iniciativas, a cargo do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento da Petrobras (Cenpes), buscava produzir bioetanol por meio da ação de enzimas. Outro projeto visava gerar energia eólica em plataformas offshore, aproveitando tecnologias que a empresa já domina na produção de petróleo em alto-mar.

Mas ela afirma que as iniciativas foram paralisadas na década passada, quando a Petrobras lidava com dívidas crescentes e grande turbulência por conta de denúncias de corrupção. Desde então, a empresa vem se desfazendo não só de investimentos em renováveis, mas também de refinarias e outros braços operacionais, como a BR Distribuidora.

Para a professora, fazia sentido “segurar investimentos em outras áreas para ajeitar a casa”, mas, passada essa fase, a empresa “deveria estar voltada a pesquisar e atuar em novos negócios”.

Em nota à BBC, a Petrobras diz que “está avançando na análise de eventuais novos negócios que poderiam reduzir a exposição e a dependência das fontes fósseis e, ao mesmo tempo, que seriam rentáveis, garantindo a sustentabilidade da companhia no longo prazo”.

A empresa afirma ainda que estão em curso “projetos para a produção de uma nova geração de combustíveis, mais modernos e sustentáveis que os atuais”.

A Petrobras diz, no entanto, que seguirá “com foco estratégico em águas profundas e ultraprofundas, com ênfase no pré-sal, onde tem vantagens competitivas”.

Frota da empresa Frederiksberg Forsyning
Várias empresas têm substituído suas caminhonetes por veículos elétricos

Lucro recorde

Em 2018, após quatro anos seguidos de prejuízos, as contas da Petrobras voltaram a ficar no azul. E, em 2021, a empresa registrou um lucro recorde de R$ 106 bilhões – resultado que gerou o pagamento de R$ 11,6 bilhões em dividendos à União.

No mundo político, porém, é comum a crítica de que a empresa daria mais importância a seus acionistas do que à população – discurso que costuma ganhar força em tempos de alta nos combustíveis, como o atual.

Nas últimas semanas, tanto o presidente Jair Bolsonaro quanto o ex-presidente Lula – ambos pré-candidatos à eleição presidencial deste ano – cobraram a empresa a dividir uma parcela maior de seus lucros com a sociedade.

Por outro lado, são raros entre políticos brasileiros questionamentos sobre a postura da Petrobras frente às mudanças climáticas.

Para Suzana Kahn Ribeiro, da Coppe/UFRJ, é possível adotar políticas que atenuem o impacto da inflação de combustíveis sobre os mais pobres, como o pagamento de vale-gás.

Mas ela diz que o cenário também exige políticas que reduzam a dependência do setor brasileiro de transportes por combustíveis fósseis, como a construção de ferrovias e criação de redes de abastecimento para veículos elétricos e caminhões movidos a hidrogênio.

E o futuro?

Os analistas entrevistados dizem que a próxima eleição presidencial pode ter grande influência nos caminhos que a Petrobras trilhará no futuro.

Eles dizem acreditar que, se Bolsonaro se reeleger, a empresa tende a manter as políticas atuais e resistir a uma abertura maior a fontes renováveis.

E uma vitória de Lula não necessariamente significaria grandes mudanças, afirmam.

Eles dizem que, passados 11 anos desde o fim de seu governo, Lula continua a exaltar o pré-sal e não costuma defender uma redução no consumo de petróleo.

Roberto Kishinami, do Instituto Clima e Sociedade, diz que um fato novo pode mudar a posição de Lula sobre o assunto.

Antes pouco interessados nesse debate, dirigentes sindicais da Petrobrás – com quem Lula mantém uma relação próxima – já começam a cobrar uma nova postura da empresa frente às mudanças climáticas, diz Kishinami.

Em agosto de 2021, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) aprovou um documento no qual defende que a Petrobrás invista em fontes renováveis e contribua com a “transição energética”.

No texto, os sindicalistas dizem considerar “estratégico o retorno da atividade da Petrobrás na geração de energia por meio de usinas eólicas e solares, assim como o investimento em pesquisas para o desenvolvimento do hidrogênio verde”.

O documento foi entregue a Lula no fim de março, quando o ex-presidente participou de um evento com na sede da FUP sobre o futuro da Petrobras.

Ao discursar no evento, porém, Lula não comentou as políticas climáticas da empresa nem tratou do aquecimento global, ainda que tenha cobrado a empresa a buscar o desenvolvimento do Brasil em vez de focar exclusivamente no petróleo.

Fonte: BBC News Brasil

Fotografia: AFP

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