O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de abril foi de 0,38% e ficou 0,22 ponto percentual acima da taxa de março (0,16%). No ano, o IPCA acumula alta de 1,80% e, nos últimos 12 meses, de 3,69%, abaixo dos 3,93% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em abril de 2023, a variação havia sido de 0,61%.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em abril. Os grupos que registraram os maiores impactos no índice do mês foram Saúde e cuidados pessoais (1,16%) e Alimentação e bebidas (0,70%), com 0,15 p.p. cada. Na sequência, tanto Vestuário (0,55%) como Transportes (0,14%) contribuíram com 0,03 p.p. Os demais grupos ficaram entre o -0,26% de Artigos de residência e o 0,48% de Comunicação.
Período | TAXA |
---|---|
Abril de 2024 | 0,38% |
Março de 2024 | 0,16% |
Abril de 2023 | 0,61% |
Acumulado do ano | 1,80% |
Acumulado nos últimos 12 meses | 3,69% |
Grupo | Variação (%) | Impacto (p.p.) | ||
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Março | Abril | Março | Abril | |
Índice Geral | 0,16 | 0,38 | 0,16 | 0,38 |
Alimentação e bebidas | 0,53 | 0,70 | 0,11 | 0,15 |
Habitação | 0,19 | -0,01 | 0,03 | 0,00 |
Artigos de residência | -0,04 | -0,26 | 0,00 | -0,01 |
Vestuário | 0,03 | 0,55 | 0,00 | 0,03 |
Transportes | -0,33 | 0,14 | -0,07 | 0,03 |
Saúde e cuidados pessoais | 0,43 | 1,16 | 0,06 | 0,15 |
Despesas pessoais | 0,33 | 0,10 | 0,03 | 0,01 |
Educação | 0,14 | 0,05 | 0,01 | 0,00 |
Comunicação | -0,13 | 0,48 | -0,01 | 0,02 |
No grupo Saúde e cuidados pessoais (1,16%), a maior contribuição (0,10 p.p.) veio dos produtos farmacêuticos (2,84%), após a autorização do reajuste de até 4,50% nos preços dos medicamentos, a partir de 31 de março. Destacam-se as altas do antidiabético (4,19%), do anti-infeccioso e antibiótico (3,49%) e do hipotensor e hipocolesterolêmico (3,34%).
Em Alimentação e bebidas (0,70%), a alimentação no domicílio acelerou de 0,59% em março para 0,81% em abril. Foram observadas altas nos preços do mamão (22,76%), da cebola (15,63%), do tomate (14,09%) e do café moído (3,08%).
A alimentação fora do domicílio (0,39%) registrou variação próxima à do mês anterior (0,35%). Enquanto o lanche desacelerou de 0,66% para 0,44%, o subitem refeição (0,34%) teve variação superior à observada no mês de março (0,09%).
No grupo Habitação (-0,01%), a alta da taxa de água e esgoto (0,09%) foi influenciada pelo reajuste de 1,95% em Goiânia (1,75%), a partir de 1º de abril. Em energia elétrica residencial (-0,46%), reajustes tarifários foram aplicados nas seguintes áreas: em Salvador (1,03%), reajuste de 1,63%, a partir de 22 de abril; em Aracaju (0,56%), reajuste de 1,26%, a partir de 22 de abril; no Rio de Janeiro (0,22%), reajustes de 3,84%, a partir de 15 de março, e de 2,76%, a partir de 19 de março, nas duas concessionárias pesquisadas; em Recife (-0,40%), reajuste de -2,64% a partir de 29 de abril; em Campo Grande (-0,73%), reajuste de -1,17% a partir de 08 de abril; e em Fortaleza (-3,80%), reajuste de -2,92% a partir de 22 de abril.
No grupo Transportes (0,14%), houve queda na passagem aérea (-12,09% e -0,08 p.p.). Em relação aos combustíveis (1,74%), somente o gás veicular (-0,51%) teve queda, enquanto o etanol (4,56%), a gasolina (1,50%) e o óleo diesel (0,32%) registraram alta nos preços.
Ainda em Transportes, a variação do metrô (1,72%) foi influenciada pelo reajuste de 8,69% no Rio de Janeiro (5,07%), a partir de 12 de abril. Em ônibus urbano (0,01%), houve reajuste de 2,15% em Campo Grande (1,06%), a partir de 15 de março. A alta do subitem táxi (0,21%) decorre do reajuste médio de 17,64%, a partir de 22 de abril, em Recife (4,84%).
Nos índices regionais, somente Fortaleza (-0,15%) registrou queda de preços, por conta do recuo na gasolina (-3,97%) e na energia elétrica residencial (-3,80%). Já a maior variação ocorreu em Aracaju (0,78%), influenciada pelas altas da cebola (27,77%) e do tomate (23,20%).
Região | Peso Regional (%) | Variação (%) | Variação Acumulada (%) | ||
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Março | Abril | Ano | 12 meses | ||
Aracaju | 1,03 | 0,50 | 0,78 | 3,14 | 4,46 |
Porto Alegre | 8,61 | -0,13 | 0,64 | 1,16 | 3,02 |
Salvador | 5,99 | 0,16 | 0,63 | 1,90 | 3,49 |
Recife | 3,92 | 0,33 | 0,55 | 2,26 | 3,63 |
Brasília | 4,06 | 0,21 | 0,55 | 1,16 | 4,12 |
São Luís | 1,62 | 0,81 | 0,46 | 3,44 | 3,22 |
Belo Horizonte | 9,69 | 0,12 | 0,45 | 2,51 | 4,91 |
Vitória | 1,86 | 0,05 | 0,43 | 1,57 | 3,61 |
Curitiba | 8,09 | 0,03 | 0,37 | 1,63 | 3,13 |
Campo Grande | 1,57 | 0,11 | 0,36 | 1,77 | 3,76 |
São Paulo | 32,28 | 0,14 | 0,35 | 1,68 | 3,74 |
Belém | 3,94 | 0,54 | 0,33 | 2,32 | 4,44 |
Goiânia | 4,17 | 0,36 | 0,24 | 2,00 | 2,91 |
Rio Branco | 0,51 | 0,18 | 0,15 | 1,22 | 3,50 |
Rio de Janeiro | 9,43 | 0,17 | 0,15 | 1,65 | 3,33 |
Fortaleza | 3,23 | 0,28 | -0,15 | 1,66 | 3,99 |
Brasil | 100,00 | 0,16 | 0,38 | 1,80 | 3,69 |
Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 29 de março a 30 de abril de 2024 (referência) com os preços vigentes no período de 01 de março a 28 de março de 2024 (base). O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.
INPC tem alta de 0,37% em abril
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC teve alta de 0,37% em abril, 0,18 p.p. acima do resultado observado em março (0,19%). No ano, o INPC acumula alta de 1,95% e, nos últimos 12 meses, de 3,23%, abaixo dos 3,40% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em abril de 2023, a taxa foi de 0,53%.
Os produtos alimentícios passaram de 0,50% de variação em março para 0,57% em abril. A variação dos não alimentícios também foi maior: 0,31% em abril frente à alta de 0,09% no mês anterior.
Nos índices regionais, somente Fortaleza (-0,13%) registrou queda de preços em abril, influenciada pela energia elétrica residencial (-3,98%) e pela gasolina (-3,97%). Já a maior variação ocorreu em Aracaju (0,84%), por conta das altas da cebola (27,77%) e do tomate (23,20%).
Região | Peso Regional (%) | Variação (%) | Variação Acumulada (%) | ||
---|---|---|---|---|---|
Março | Abril | Ano | 12 meses | ||
Aracaju | 1,29 | 0,54 | 0,84 | 3,25 | 4,25 |
Porto Alegre | 7,15 | -0,21 | 0,72 | 1,54 | 2,59 |
Salvador | 7,92 | 0,23 | 0,63 | 1,97 | 3,23 |
Brasília | 1,97 | 0,11 | 0,53 | 1,24 | 2,89 |
Recife | 5,60 | 0,37 | 0,50 | 2,34 | 3,22 |
Belo Horizonte | 10,35 | 0,12 | 0,48 | 2,95 | 4,99 |
Belém | 6,95 | 0,51 | 0,44 | 2,53 | 4,72 |
Vitória | 1,91 | 0,15 | 0,42 | 1,91 | 2,95 |
São Luís | 3,47 | 0,79 | 0,42 | 3,28 | 2,99 |
Campo Grande | 1,73 | 0,10 | 0,37 | 1,82 | 3,19 |
São Paulo | 24,60 | 0,10 | 0,33 | 1,64 | 2,67 |
Curitiba | 7,37 | 0,05 | 0,29 | 1,62 | 2,87 |
Rio Branco | 0,72 | 0,07 | 0,17 | 1,62 | 3,75 |
Goiânia | 4,43 | 0,35 | 0,15 | 1,91 | 2,80 |
Rio de Janeiro | 9,38 | 0,20 | 0,02 | 1,39 | 2,54 |
Fortaleza | 5,16 | 0,31 | -0,13 | 1,64 | 3,86 |
Brasil | 100,00 | 0,19 | 0,37 | 1,95 | 3,23 |
Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 29 de março a 30 de abril de 2024 (referência) com os preços vigentes no período de 01 de março a 28 de março de 2024 (base). O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.
Fonte: IBGE
Fotografia: Marcello Casal Jr/Agência Brasil